18 novembro, 2008

O lugar do morto

Os almoços do American Club começam a ganhar fama de perigosos. Há uns tempos foi Mário Lino a falar do «deserto» chamado Margem Sul e hoje foi a líder da oposição a alvitrar que para se fazer uma reforma do sistema de justiça, talvez fosse «bom haver seis meses sem democracia», para «pôr tudo na ordem». Assim, curta e grossa. Manuela não tem, de facto, emenda. Enliou-se em mais um «rodriguinho» retórico e o «sistema» cai-lhe logo em cima. Sem piedade. Erro maior cometeu a ministra da Saúde ao afirmar que desconhece o défice do sector. Mas os tiros nos pés do PSD são mais empolados do que os dos membros do Governo. Para aumentar a «sepultura», política, claro está, da senhora apareceu Menezes a falar de um...morto: «Sá Carneiro deve dar voltas no túmulo ao ver o partido que fundou defender que a democracia deve ser suspensa», disse o homem de Gaia. De facto, assim, torna-se fácil para o governo liderar as sondagens, por muito desgastado que esteja. Na S. Caetano à Lapa, há muito que o presidente do partido se tornou um «morto-vivo» no qual poucos acreditam.

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