30 maio, 2010

Eu vi e engoli um sapo Alegre

O PS vai mesmo apoiar Manuel Alegre nas presidenciais do próximo ano. Sócrates engoliu um sapo (dos grandes) recusando fazer a vontade a Soares e a outros socialistas que não podem ver o poeta Alegre à frente. Hoje, Cavaco preferiu falar de cavalos e já alimenta mais um dos seus enjoativos tabus. O Presidente que se acautele. Uma coisa é vencer as eleições na primeira volta, outra é se for obrigado a disputar uma ronda final com o candidato da esquerda federada. Com o eleitorado gay Cavaco sabe que pode contar, o mesmo não se pode dizer com os portugueses mais conservadores, indignados com a promulgação do casamento entre pessoas do mesmo sexo. João César das Neves, um conhecido apoiante e colaborador de Cavaco nos seus tempos de líder do governo, já saiu a terreiro dizer que a decisão do Presidente vai fazê-lo perder mais votos do que ganhar. Fica o alerta.

Chiclete, mastiga e deita fora

A revista «Time» diz que esta moça, de apenas 17 anos, mas com um grande corpanzil, está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo. A Miley, para uns, ou Hannah, para outros, deu hoje uma mega-sessão de autógrafos para cerca de 500 fãs. Com ar de frete e mascando chiclete, a cantora lá foi aguentado estoicamente a seca, enquanto rubricava livros e cd's, numa espécie de linha de montagem. Uma câmera indiscreta da RTP filmou o momento em que quando se fartou da pastilha, Miley, ou será Hannah, tirou-a da boca, esmagando-a na tampa de uma garrafa de água cheia que tinha ao lado. Assim se vêem as estrelas. Um verdadeiro exemplo para a pequenada.

Este serão tem o patrocínio do BES

Portugal é, por estes dias, o país da vuvuzela, dos festivais e da selecção. Já não bastava a histeria infantil em torno da artista feijão frade, Hannah Montana para uns, Miley Cyrus para outros, agora, com o Rock in Rio da feira de Chelas a dar as últimas, é a vez de um serão no canal público patrocinado pelo Banco Espírito Santo. O canal do serviço público «vendeu-se» ao BES durante toda a tarde/noite de domingo, com o pretexto que o concerto dos Black Eyed Peas era de apoio à selecção nacional. Acontece que em ligação directa à Covilhã, Cristiano Ronaldo quis fazer o «bonitinho» a um dos patrocinadores que mais milhões lhe paga,precisamente o BES, e agradeceu ao banco a transmissão do concerto da banda norte-americana, tendo em seguida feito, diante das câmaras, o gesto de «dinheiro em caixa», perante a gargalhada dos restantes companheiros de estágio.
PS: Para não destoar até o pullover do apresentador da RTP Francisco Mendes era verde. Não um verde qualquer. Verde BES.

Sócrates procura inspiração em Chico

Também estavamos a achar que a esmola era muita.

As confissões de um «soldado na reserva»

Santana Lopes é um caso perdido. A um ex-primeiro-ministro, mesmo que tenha sido nomeado e não escolhido pelo povo, exige-se reserva, discrição e tento na língua. Santana faz sempre o oposto. Em entrevista ao «I» classifica-se como um «soldado na reserva» e lança a escada para colaborar na «vendetta» contra Cavaco na corrida presidencial. Para piorar as coisas, o ex-líder do governo, aceitou ser comentador na SIC durante o Mundial de Futebol, na companhia de Miguel Sousa Tavares. Santana precisa de ganhar a vida como o comum dos mortais, não pode é depois pedir que o levem a sério.

A «stora» abriu o compêndio

Numa sessão fotográfica verdadeiramente arrasadora, Bruna Real conta em exlusivo à «Vidas» do «Correio da Manhã» retalhos da vida de uma «stora» de música afastada por ter pousado para a «Playboy». A docente confessa que conheceu o namorado, o militar Estrelinha, na rede social Hi5 e pensa concorrer no próximo ano lectivo para uma escola de Lisboa. Daqui se faz o apelo à senhora ministra Alçada para que facilite o concurso da professora Bruna e a coloque num estabelecimento de ensino da capital, em nome do sucesso escolar. Esta professora tem a carreira lançada e de uma coisa tenha a certeza: não é a dar aulas de música que vai ganhar a vida daqui para a frente.

Algo imprevisto

Insólito. Jimmy Jump, um intruso já conhecido de outros carnavais, irrompeu palco adentro durante a participação espanhola de Daniel Diges no Festival Eurovisão da Canção que decorreu em Oslo, Noruega. O espontâneo catalão esteve 20 segundos em cena, colaborando na coreografia da canção «Algo Pequeñito», tendo sido retirado pelas forças de segurança. Diges não se desmanchou e continuou até ao fim da canção, como se nada fosse. A organização do evento determinou que pela primeira vez na história do concurso, uma música fosse repetida. Como é habitual nesta «salada russa» que se tornou o Festival da Eurovisão(?), onde participam sérvios, bósnios, israelitas, moldávos e arménios, os votos do povo português atribuíram a pontuação máxima (12) ao candidato espanhol. Filipa Azevedo, a representante nacional que concorreu com música e letra do jornalista da SIC, Augusto Madureira, não foi além do 18.º posto. Lena Meyer-Landrut, uma estudante de 19 anos, deu pela segunda vez na história o triunfo à Alemanha, com a canção «Satellite».