09 julho, 2008

Antes e depois do «golpe do baú»

A expectativa é grande sobre um dos mais esperados lançamentos discográficos do ano. Carla Bruni Sarkozy tem novo álbum, onde fala sobre os amantes, a droga do Afeganistão e da Colômbia. Vamos ver se o «golpe do baú» funciona e se Carla vende mais depois de estar a residir no Eliseu. Os números, tal como o algodão, não enganam.

O Diabo que os carregue

O horror de qualquer ciclista é o carro vassoura, mas para os que participam na Volta a França a figura do Diabo não é propriamente das mais simpáticas. O que é facto é que o Tour já não pode viver sem ele..O Diabo. Didi Senft, assim se chama a criatura, participa a expensas próprias todos os anos na mais importante prova velocipédica mundial e hoje deu um ar da sua graça na etapa que ligou Cholet e Chateauroux. E promete voltar, na montanha.

Processo de Italianização Em Curso (PIEC)

O esperado debate sobre o Estado da Nação é amanhã. Sócrates e Rangel vão ter o primeiro grande embate e logo na última sessão parlamentar antes de os deputados irem a banhos. Dizia ontem Medina Carreira que os governos de Barroso e Santana tiveram uma média de 15 meses no Poder, dado estatístico contrariando pelo actual executivo de Sócrates (há 3 anos em S. Bento), mas que pode ser invertido se em 2009 o PS não tiver maioria. Estaria aberto o regresso à instabilidade e a novos pântanos...políticos. A italianização do regime pode estar ao virar da esquina. Sem Berlusconi.

As profecias do «Velho de Belém»

Não satisfeita com a sua presença no «Negócios da Semana» de quarta-feira passada, na SIC-Notícias, o canal mãe do dr. Balsemão, achou por bem repescar Medina Carreira para traçar o diagnóstico mais negro possível do Estado da Nação. Ao melhor estilo do prof. Marcelo, o ex-ministro das Finanças dissertou durante quase 30 minutos, no sumptuoso cenário do Centro Cultural de Belém, perante um moderador que tentava fazer o papel de advogado do Governo, mas impotente para suster a torrencial retórica do fiscalista. «Isto é um circo, cada vez com menos pão, e uma palhaçada», foi como Medina abriu as hostilidades. «Gente tresloucada e irresponsável», foram os epítetos que o orador arranjou para brindar a classe política. De resto, as críticas do costume às «misérias» da educaçao e da justiça, e a denúncia para os que andam a «sacar dinheiros públicos». No final, Medina Carreira deixou o desafio: «a SIC que traga os optimistas para debater comigo». O jornalista não prometeu nada. Pudera. Não se sabe se do Largo do Rato alguém ousaria disponibilizar-se para debater cara a cara com este impiedoso, no estilo e nos argumentos, «Velho de...Belém».

A frase do dia

«O exercício de funções no Governo ou no Parlamento não é entretenimento. São funções institucionais, não são assunto de sentimentos pessoais. Nem têm dramatismo, nem são uma banalidade. São funções institucionais. Não é entretenimento», Paulo Rangel, novo líder parlamentar do PSD, Agência Lusa, 9 Julho 2008