07 junho, 2008
Cambalhota política
A política, à semelhança do futebol e da vida, é imprevisível. Prognósticos só no fim ou o que hoje é verdade amanhã é mentira, são dois aforismos de raíz popular que encaixam na perfeição. Hillary Clinton abandonou oficialmente a corrida presidencial e concedeu o seu apoio a Barack Obama. «Yes, we can elect Barack Obama», disse a mulher do ex-presidente Clinton. O ticket Obama/Clinton para a Casa Branca parece cada vez mais inevitável. Resta saber como é que o senador do Illinois, simplesmente com a ânsia de não perder o eleitorado hispânico, operário e mais pobre (afecto a Hillary), vai conseguir explicar como é um candidato de ruptura e de mudança, pode coexistir na administração da Casa Branca com alguém que representa o passado e que disse o indizível de si.
Banho turco
As interrogações eram muitas, mas o primeiro teste foi aprovado, com nota alta. Portugal venceu a Turquia por 2-0 na estreia do Euro 2008. Categoricamente. As individualidades conseguiram ser um colectivo e os erros foram mínimos. Valeu a pouca sorte de três bolas ao barrote que desculpa o crónico espírito perdulário dos jogadores portugueses. Pepe, Bosingwa, João Moutinho e Deco, por ordem decrescente de Most Valuable Player (MVP), foram os «tugas» excelentíssimos. Cristiano Ronaldo concentrou as atenções, mas não deslumbrou. A qualificação, já na quarta feira, permitiria relançar, antecipadamente, o espírito do Euro 2004 na «nação valente e imortal». Venham os checos!
A vertigem da imbecilidade (Parte 1)
Porque será que os senhores das televisões que seguram um microfone têm uma vertiginosa pontaria para acertar em imbecis sempre que pedem uma opinião antes, durante ou depois de um jogo de futebol? Um deles chegou mesmo a rosnar «o Sócrates é maricas» (sic), enquanto a repórter do canal de Carnaxide entrevistava duas belas loiras, trajadas a rigor, no Parque das Nações.
Também vou fugir, pá!
Vasco Pulido Valente, um dos arautos da desgraça da pátria lusa, alertou hoje no «Público» e na «TVI» que José Sócrates já «vive» no seu mundo de fantasia e qualquer dia desanda para Bruxelas. Sem garantia de maioria absoluta, vai o PM atirar a toalha, engrossando a lista de líderes fugitivos, depois de Guterres e Barroso, que bazaram do pântano?
A frase do dia
«Se não passarmos a primeira fase será horrível», Luis Filipe Scolari, em conferência de imprensa, 6 de Junho 2008
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