Lê-se nos jornais que o volume de circulação em algumas artérias de Lisboa, como a Avenida da Índia e a Avenida da República, reduziu-se entre 5 a 7 por cento nos últimos 2 meses. O motivo é óbvio: a falta de pilim para encher o depósito. O «tuga» parece que, fruto das circunstâncias, está a regressar ao metro e ao autocarro. Até já se fala em retomar o debate sobre a eficácia do sistema de transportes públicos nas grandes cidades. Apostamos que quando a especulação petrolífera acalmar, a discussão cairá pela base. Naturalmente.
28 maio, 2008
Palavras fatais
Não vai ser fácil para Sharon Stone entrar em território chinês nos próximos tempos. A actriz de «Instinto Fatal» insinuou que o terrível terramoto que fez quase 100 mil mortos na China foi consequência do karma chamado Tibete e das atrocidades que lá estão a ser cometidas. Castigo divino, quis ela dizer.Vejamos se o tiro não lhe sai pela culatra.
A frase do dia
«Tem algum jeito, numa altura em que se fala de crise mundial de fome, andarmos a deitar fora compotas que eram de instituições de caridade?», Fátima Araújo, directora regional do Norte da ASAE, criticando o facto deste organismo aplicar os regulamentos comunitários de higiene às instituições de solidariedade social, «Público», 28 Maio 2008
«Obamazinho» português
Passos Coelho bem que pode ser um futuro «plastic man» da política portuguesa. Se não for dentro de semanas, sê-lo-á dentro de alguns anos. Tem boa figura, é bem falante, uma colocação de voz invejável (ou como diz Marcelo o pior é que diz tudo no mesmo tom), só se lamenta a incongruência de posições, do dia para a noite. No primeiro debate estava do lado de Ferreira Leite, no segundo debate posicionou-se quase sempre do lado oposto. Quando o pretty boy, ou o «Obamazinho» português, estabilizar é capaz de dar um político com rasgo. Yes, he can?
PSL deu KO nos adversários
Digam o que disserem os críticos da situação, Santana Lopes ganhou o último debate com os candidatos à liderança do PSD. Bem preparado, sacou as cartas da manga na altura certa, encostando Ferreira Leite e Passos Coelho contra as cordas. Lembrar à ex-ministra a sua recusa de ser líder parlamentar rejeitando o convite de PSL, foi jogada de mestre de Santana, depois de Ferreira Leite ter criticado o PSD por nada haver dito sobre questões sociais no Parlamento.
O cavalo errado
As críticas desabridas do ainda secretário-geral do PSD, Ribau Esteves, a Luis Filipe Menezes, podem considerar-se, por um lado, surpreendentes, mas para os mais avisados, elas são a peça que faltava do puzzle que explica a demissão do autarca de Gaia da liderança do partido, objectivo que tanto procurou. «Ele é que se afastou, nós não», foi mais ao menos o que disse Ribau, até há pouco inseparável do presidente gaiense. Ao que parece, Menezes não aguentou a pressão psicológica e não conseguiu controlar os transtornos que fazem com que se isole do mundo real. Vai daí, fuga para a frente, bateu com a porta e tirou o tapete e o «tacho» a muitas dezenas de fiéis que viam nesta a oportunidade da sua vida. É o que se chama apostar no cavalo errado.
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