25 outubro, 2008

Jardim pesquisa no Google


Adivinha-se, para muito breve, nova «chicotada psicológica» no futebol português. Lori Sandri, o brasileiro que treina o Marítimo, reagiu às declarações de Alberto João Jardim, presidente do governo regional,que por acaso até é o principal accionista do clube, segundo as quais o Marítimo tinha contratado um técnico que desconhecia e que alguns jogadores em campo davam vontade de rir: «O senhor João Jardim deve estar mal informado, mas se quiser pode ir à Internet e informar-se na minha página e em vários sítios sobre quem é Lori Sandri». O Marítimo é 10.º classificado no campeonato e foi eliminado da Taça de Portugal pelo Arouca.

PS: Seguimos o conselho de Lori Sandri e fomos pesquisar o que existe no Google sobre ele. E o cartão de visita não é famoso. Um video no You Tube em que o técnico brasileiro arma «peixeirada» durante um jogo do campeonato brasileiro e acaba por sair algemado.

Flashes judiciais


  • 28 anos depois da tragédia de Camarate, Freitas do Amaral quer reabrir a investigação judicial, o que se estranha, sabendo-se que o ex-MNE, à altura dos factos, sempre manifestou a sua inclinação pela tese do acidente.
  • Caso se prove que Leonor Cipriano confessou ter morto a sua filha Joana sob tortura dos agentes da PJ, a mãe da menina de Lagos, condenada em tribunal, pode vir a ser libertada.
  • Em Faro, um ginecologista, condenando a três meses de pena suspensa por abusos sexuais cometidos a várias pacientes, continua a dar consultas, em entidades públicas privadas.
  • Finalmente, na saga Casa Pia, a juíza Ana Peres avisou os intervenientes que «faça sol, faça chuva, chova picaretas ou haja mil requerimentos», as alegações finais do processo vão ser conhecidas a 24 de Novembro, «apenas» 6 anos após a divulgação pública do caso.

O noticiário que dura, dura...

O Jornal Nacional da TVI, o mais parcial e o mais longo do espectro televisivo, bateu esta noite o record mundial de duração de um boletim informativo à escala planetária: 100 minutos. A cereja no topo do bolo foi a Manela, esta carinha laroca, a entrevistar o presidente da ERC, Azeredo «Lápis» Azul, perdão, Lopes. Pouco faltou para a chapada.

A frase do dia

«O PSD é um jardim infantil onde não está o professor», José Miguel Júdice, RTP-N, 24 Outubro 2008

O cartão mágico

O cartão de crédito da Gebalis dava para tudo. Almoçaradas e jantaradas, como já aqui vimos, mas também compras de livros e dvd's na FNAC, sem esquecer a oferta de vouchers de viagens para amigos dos administradores da empresa municipal que gere os bairros sociais da capital. As 22 viagens realizadas custaram a módica quantia de 42 mil euros.
Com a devida vénia do Correio da Manhã, transcrevemos mais umas novidades deste caso verdadeiramente aterrador:
«(...)Uma das situações estranhas detectadas pela PJ diz respeito à oferta de uma viagem a Berlim, na Alemanha, a um funcionário, Cláudio Rocha, com a mulher. O relatório regista o pagamento de um quarto duplo na deslocação do funcionário Cláudio Rocha a Berlim para se fazer acompanhar pela sua esposa, como prova de reconhecimento dada pela Gebalis pelo seu trabalho'.
Cláudio Rocha admitiu que, 'relativamente ao quarto duplo, a factura foi, de facto, suportada e paga pela Gebalis, sendo que essa situação, como funcionário, o ultrapassa por completo'. E afirmou que essa viagem tinha sido proposta pelo administrador Mário Peças.
A factura da viagem não existe na Gebalis, mas foi encontrada na Agência de Viagens Star em Felgueiras, durante as buscas da PJ.
Clara Costa foi uma influência preciosa para a contratação de vários amigos pela Gebalis. O relatório da investigação da PJ deixa claro que, 'por intermédio de Clara Costa, foram contratados os serviços' de cinco pessoas.
Em concreto, foram contratados os serviços de 'Maria João Rocha, sócia da firma Casa Branca, irmã de Luís Silva (namorado de Clara Costa); Filipe Preto, sócio da firma Casa Branca [e] marido de Maria João Rocha; Alexandra Xavier, amiga/conhecida (Guimarães) de Clara Costa; e Susana Castro, amiga/conhecida (Fafe) de Clara Costa'. A estes, junta--se Regina Castro, 'amiga/conhecida de Fafe', convidada por Clara Costa para assessora.
Através desta rede de conhecimentos, a Casa Branca organizou um jantar e um lanche de Natal para os funcionários, e seus filhos, da Gebalis. Filipe Preto 'criou três imagens para a Gebalis durante a vigência do conselho de administração da Drª Clara Costa', diz a PJ.
Alexandra Xavier foi, por recomendação de Clara Costa, subcontratada pela M. C. Processos de Comunicação, no âmbito do trabalho para renovação da imagem da Gebalis, 'vindo a Gebalis a pagar-lhe via M. C. Processos de Comunicação'. O valor em causa é o de 5050 euros.»