A propósito dos 50 anos que cumpre esta segunda-feira, Pedro Abrunhosa deu uma violentíssima entrevista ao «NS», a revista de sábado do DN e do JN. Como principais highlights para quem não leu, destacar que o cantor acha que Passos Coelho «é lenha para queimar» e antevê que Rui Rio «vai ser o próximo Salazar». O autor de «Tudo o que eu te dou» descreveu o cenário que imagina vá acontecer: «O perigo desta falência dos valores democráticos perante os olhos do povo português que, generosamente e abnegadamente, trabalha e paga impostos, é o aparecimento de um demagogo, dentro do sistema partidário, provavelmente à direita, com um discurso barato, fácil, securitário, neofascizante, contabilístico e sedutor para o povo que continua trabalhador e ignorante». Vendo bem as fotos, Rio e Salazar até têm, assim de repente, algumas semelhanças fisionómicas.
19 dezembro, 2010
100 anos, os mesmos problemas
Ex-ministro da Educação e actual assessor de Cavaco para os assuntos sociais, David Justino lançou recentemente um ensaio chamado «Difícil é educá-los», com a chancela da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Em entrevista ao Ensino Magazine, o antigo governante contesta os «treinadores de bancada» que falam sobre tudo e sobre nada e lamenta que se discuta a educação como se discute o futebol. Justino entende que não há visão de futuro para o sector e que existem problemas que se arrastam há um século, desde os artigos de Oliveira Martins.
Entrevista
Fundamentalista coerente
João César das Neves é conhecido por ser economista, professor universitário e católico fundamentalista. Eterno conselheiro de Cavaco durante o seu consulado em S. Bento, César das Neves recusou agora apoiar a recandidatura do Presidente da República a um novo mandato por discordar da promulgação que o inquilino de Belém deu ao diploma sobre a legalização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, que considera ser das piores leis da história de Portugal contra a família. Goste-se ou não, de falta de coerência é que não pode ser acusado.
Prova superada
Vai uma grande sangria pelo grupo parlamentar socialista. Por incompatibilidade com o líder Assis, agora inebriado pelos que lhe dizem que pode chegar à cadeira do poder do Rato, ou por mero interesse e timing pessoal, alguns deputados vão abandonado o seu assento parlamentar. Miguel Vale de Almeida é um dos tais que sai por ter conseguido o seu objectivo: a legalização do casamento homossexual. Com a prova superada , regressa ao seu habitat natural. Com atitudes destas, não exijam que o povo tenha respeito pelos senhores deputados da nação.
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