06 outubro, 2011

A penosa pré-reforma de Jardim

A sondagem da RTP aponta para que o PSD perca a maioria absoluta nas eleições de domingo, na Madeira. Seria histórico, o princípio do fim do regime jardinista. A «culpa», segundo os mesmos estudos, seria do CDS do mediático José Manuel Rodrigues, a roçar os 20 por cento. Ao ver as imagens da campanha transmitidas pelas televisões do continente observa-se um Jardim acossado. Mantém a pose de actor, mas não disfarça o incómodo, alguma fragilidade, até. Ainda para mais no seu terreno, no terreno onde é rei e senhor há mais de 30 anos. Ele diz que «adora» as provocações, mas começam a ser demasiado insistentes os gritos de «ditador» e «aldrabão». Será que Jardim estará preparado para governar, ainda para mais com o plano de austeridade que se prepara, e ficar à mercê da oposição na assembleia legislativa regional? Imagino que agora estará arrependido de não ter entregue, há um par de anos, o poder de bandeja a um dos tais propalados «delfins». Saia por cima. Em grande, como agora se diz. Só que o poder vicia. Vai ser penosa a pré-reforma do líder madeirense.

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