Rui Rio é a espinha encravada de Pinto da Costa. O político sabe-o e faz disso um dos seus maiores créditos aos olhos da opinião pública. O presidente do FC Porto dominou, política e desportivamente, durante anos a fio até chegar o autarca do PSD que deverá revalidar o seu mandato na presidência da câmara da «invicta», esmagando a socialista Elisa Ferreira. Se a vitória de Sócrates não deixa de ter o seu quê de intrigante depois da onda de protestos que varreu o país, a previsível terceira vitória de Rio, e por números sem contestação segundo as sondagens, ainda causa mais estupefacção, sabendo-se que o principal clube da cidade e da região, o jornal mais representativo do norte e os grandes protagonistas culturais e artísticos, Abrunhosa, Burmester e Reininho, estão todos com o PS, desancando a gestão de «merceeiro» de Rio. Algo está errado. Começo a ser tentado a concordar com os que defendem que o que faz falta é um bom exercício de autoridade. Não moro no Porto, mas é provável que Rio execute este exercício como o povo gosta. Um exemplo para testar, um dia, a nível nacional, mesmo que ele recuse a ideia. Parafeaseando João Soares, «no amor, na política e na religão, nunca digas desta água não beberei».
05 outubro, 2009
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