18 julho, 2007

A crise do “Benfica” da política

O PSD está em ebulição. Ciclicamente, as várias facções do partido, a que se já lhe chamaram o Benfica da política devido à sua influencia transversal na sociedade, digladiam-se em busca de um lugar ao sol. Depois da fuga de Guterres do “pântano”, parecia que havia chegado um longo período laranja no poder. Mas eis que José Manuel Barroso mandou a política portuguesa às malvas e foi tratar da vidinha para Bruxelas.
O desespero apoderou-se do laranjal que agora se vê e deseja para reconquistar o trono. Após a hecatombe das intercalares de Lisboa, Marques Mendes vai uma vez a teste e até é natural que se aguente.
LF Menezes insiste em manter-se em jogo para chatear e para representar o bloco santanista, enquanto Aguiar Branco, um ilustre desconhecido para muitos, não terá qualquer hipótese. Rui Rio, qual desejado, rejeitou hoje uma candidatura, explicando que “não há nenhuma razão extraordinária para interromper o mandato” no Porto, iniciado há 1 ano. Sabendo nós como os políticos são peritos em dribles semânticos, não nos admiraria que, em 2008, a um ano de eleições legislativas e com o Governo Sócrates mais desgastado, Rio saltasse para a ribalta, lançando-se na corrida à liderança do partido.

2 comentários:

Ana Clara disse...

Eu «era» — pelos vistos já é um facto — das que acreditava que Rui Rio poderia ser uma «terceira via» — detesto o conceito — à liderança do PSD.
O actual estado da direita, nomeadamente do PSD, diz muito da forma como os aparelhos partidários se têm desviado para outros fins. A luta pelo poder interno fervilha, mas, só para os lados da São Caetano à Lapa. No Caldas...parece não haver nuvem negra...

Anónimo disse...

O que estará na intimidade de Rio? Deixar o lume brando queimar ainda mais o "ético" Marques Mendes? Julgo que ele quer queimar toda essa trupe que se entretém a pensar na liderança do PSD. Depois de esfrangalhado, descerá do Porto, triunfante, quiçá em 2011/12 e mandará este PS às urtigas, caso ninguém o desenterre das profundezes a que Sócrates está a votar o socialismo.