Cada dia que passa me convenço que havia condições de rentabilidade para lançar um canal sobre homicídios, casos de faca e alguidar, achados macabros e ligações em directo aos tribunais. Pay TV, claro está. Havia boa gentinha que era bem capaz de prescindir da SportTV para assinar o Crime TV. Vejam este video que o CM publica no seu site e digam lá se o projecto não tem pernas para andar...
A rede social que mudou o mundo não pára de surpreender. Se eu trabalhasse nos CTT ou nos operadores móveis estaria a temer pelo meu posto de trabalho. Agora, para dar os parabéns a alguém não há bicho careta que se iniba de colocar um «raminho de flores», vulgo mensagem singela, no mural do Facebook. O mais caricato é que faz isto quem conhecemos e até quem não conhecemos de todo. Sinais dos tempos ou a impessoalidade levada ao extremo?
O realizador da SportTV que esteve no Sporting-Benfica desta noite deve ter instruções expressas para ignorar as cargas policiais, em nome do fair-play e para não manchar a imagem da liga do cabo e da «bejeca». As imagens que vi na SIC-Notícias são perfeitamente chocantes, dignas de um qualquer campeonato grego ou guatemalteco, e devem merecer uma explicação cabal do Ministério da Administração Interna. Ir ao futebol para ver aquilo, mais vale fazer jogos à porta fechada.
«Temos uma forma de jogar que é muita (sic) dificil de nos parar»
Karl-Theodor zu Guttenberg é o ministro da Defesa alemão e não consta que se tenha licenciado a um domingo. Mas hoje solicitou à Universidade de Bayreuth que lhe retire o título de doutor por alegado escândalo de plágio da sua tese. Lá diz o nosso povo, «cada terra com o seu uso, cada roca com o seu fuso...»
Um cidadão egípcio deu o nome de «Facebook» à filha, para celebrar a revolução convocada nas redes sociais. Não é famoso, mas há piores. Lyonce Viiktórya, por exemplo.
Por outro lado, uns não davam entrevistas, neste caso à TVI, e agora já passaram a dar. O autarca Costa foi o convidado desta tarde do programa «Portugal Português» da TVI 24 para falar sobre as asneiras que tem feito na capital. Ele que sempre que ouvia falar do canal de Queluz, fugia como o Diabo da cruz, parece ter quebrado o pacto de silêncio com esta estação. Quando se escuta que o governo está em vias de implosão, o Costa, esperto como um alho, prefere dar uma de consensual, para não perder o lugar na «pole-position» na grelha de partida da sucessão socrática.
Se a Rainha de Inglaterra e o Papa não dão entrevistas, o Procurador-Geral da República também não devia dar. Qualquer posição da PGR devia ser feita sob a forma de um comunicado claro. Mas a tentação do microfone fala sempre mais alto. Pinto Monteiro, à semelhança de Souto de Moura, delira em arrotar, palitar os dedos e dar uns traques na praça pública. É ler a entrevista de hoje no «DN» para saberem do que eu estou a falar.
