01 abril, 2012

De homem casto a incorrigível conquistador

A propaganda oficial do Estado Novo fez tudo para passar a imagem de Salazar como um homem casto. Depois da sua morte, descobriu-se que o «Sua excelência, o senhor Presidente do Conselho», afinal era um garanhão. Um sedutor. Felismina, Glória Castanheira, Laura Bebiano e a jornalista Christine Garnier foram algumas das suas arrebatadoras paixões. Como o homem continua na moda, esta semana foi a vez da «Visão» apresentar «urbi et orbi» a menina Rosália Araújo, que foi empregada de Salazar em S. Bento, sob as ordens da não menos ditatorial, Dona Maria. Com um cenário destes, um dia a história ainda vai concluir que Santana Lopes, que também foi Presidente do Conselho num tempo mais recente e que lia o «Le Monde» no mesmo local onde Salazar o fazia, sempre foi um menino de coro.

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