24 março, 2011
Refugiado...mas pouco
Está caladinho que nem um rato. Aliás, creio que foi o único político português com grandes responsabilidades nas últimas três décadas que se remeteu ao silêncio sobre o «tsunami» político e económico português. Guterres foi o visionário que em 2001 antecipou o «pântano», que na altura tínhamos dúvidas do que era, mas que agora sabemos bem demais os seus verdadeiros contornos. O ex-Primeiro-Ministro anda por África a confortar os pobres refugiados, investido do seu prestigiado cargo de ACNUR das Nações Unidas, mas tem muitas culpas no cartório no estado a que isto chegou. Em tempo de vacas gordas, isto em meados de 90, Guterres permitiu que os lóbis tomassem de assalto o mole e permissivo executivo socialista, à imagem e semelhança do seu líder. Diz-se nos mentideros das Nações Unidas que o homem vai longe. Quem sabe a secretário-geral, quando o coreano se reformar. Caro engenheiro, como não somos um povo rancoroso, só me resta desejar, como diz aquele invisual do Metro de Lisboa, «Obrigado, saúde e sorte». Ah, e por favor, não volte. Nem de férias.
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