11 fevereiro, 2011
Lá que cheira mal, cheira
Com o país entretido com o «teatrinho» do berloque e o estranho caso da idosa da Rinchoa que virou múmia, um grave episódio de censura aconteceu num dos jornais ditos de referência. David Dinis, o editor de política do «DN», demitiu-se do cargo por lhe ter sido vedada a publicação de uma notícia sobre o facto da TMN ter destruído parte dos dados de tráfego telefónico de Vara, R. Pedro Soares e Penedos no âmbito do processo Face Oculta. O director João Marcelino abortou a notícia que seria posteriormente publicada no «CM» e no «Sol». Parece que ninguém se indigna grandemente com o caso. Dinis, que foi assessor de Durão Barroso durante o seu meteórico governo da «tanga», continua no jornal do Oliveira do futebol, mas previsivelmente emprateleirado enquanto o reinado de Marcelino continuar. Apesar de vender menos de 30 mil por dia, possuir um jornal deficitário como o «DN» dá um jeito do caraças a quem, como Joaquim Oliveira, se move como peixe na água no futebol, na política e na economia. Hoje por ti, amanhã por mim. É a lei dos negócios.
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