08 setembro, 2010

A vida longe do «pântano»

Apesar de reconhecer que foi um dos responsáveis pelo estado a que chegámos, tenho simpatia pelo político e cidadão António Guterres. Acho mesmo que se daqui a uns anos ele tivesse a veleidade de querer regressar para uma candidatura a Belém o povo seria capaz de lhe perdoar a retirada estratégica do governo e depositar confiança na sua pessoa. Bem mais depressa, aliás, que ao também fugitivo Barroso, que abandonou o governo que encabeçava para tratar da sua vidinha, por indicação dos amigos B&B (Blair e Bush).
Os elogios que tem recebido na ONU indiciam que está a fazer um meritório trabalho como alto comissário para os refugiados. Ontem, acompanhado pelo Mexia da EDP, o ex-Primeiro-Ministro andou pelo Quénia e até acabou por ficar com um turbante improvisado a cobrir-lhe o coro cabeludo, como a imagem documenta. Não é o melhor dos mundos, mas pelo menos está longe do «pântano» e tem o privilégio de poder privar de perto com a embaixadora das Nações Unidas para os refugiados que se chama Angelina Jolie. Uma oportunidade ao alcance de poucos. Parafraseando o próprio, «é a vida!».

1 comentário:

lourdes féria disse...

Fiquei sensibilizada com a sua opinião sobre o Antonio Guterres . Conheço-o desde o tempo em que era aluno do Instituto Superior Técnico e fazia trabalho social nos bairros da lata. É muito bem formado. Não se pode comparar com os canalhas que andam por aí a chafurdar no pântano.