Morto à pancada por violar animais
Conhecido por roubar galinhas para actos sexuais, Jaime Pires do Ó, 68 anos, foi assassinado à porta de casa com golpes no peito e junto ao ânus.
A má fama entre os vizinhos perseguia Jaime Pires do Ó, 68 anos, em Proença--a-Velha, Idanha-a--Nova. "Ele gostava de violar animais", garantem ao CM moradores e fontes policiais. Na noite de anteontem, alguém se terá vingado por furtos de animais que o ‘Jaime ovelha’ fazia para satisfazer os ímpetos sexuais – e matou-o à porta de casa. Com objecto metálico redondo, desferiram-lhe dois golpes fatais. Um no peito, outro junto ao ânus. Morreu a caminho do hospital.
"Ele sofria desde pequeno daquele problema e, pelo que sei, ninguém o tentou ajudar", diz José Dias. Os actos sexuais com animais, segundo este morador, remontam à infância de Jaime do Ó. E daí a alcunha de ‘Jaime ovelha’, recordam. Depois de uma passagem por Lisboa, onde trabalhou como coveiro da câmara municipal, regressou à sua terra natal. Passou por um período de relativa acalmia, mas perdeu a cabeça e "violou uma mulher de quase 90 anos", nas proximidades de Proença-a-Velha.
Foi condenado a uma pena de prisão, mas após sair da cadeia voltou a descontrolar-se. "Bebia e fumava muito. E vivia do que conseguia apanhar", diz fonte da GNR. O que pretendia apanhar era essencialmente galinhas, "que violava e abandonava em qualquer lado. Nem se dava ao trabalho de as enterrar", segundo José Dias. As pessoas da aldeia não o viam com bons olhos, até pela forma miserável como vivia – sozinho, sem electricidade nem o mínimo de condições de higiene – e chegaram a denunciá-lo às autoridades por furto.
Domingo, pela calada da noite, foi assassinado de forma bárbara. As agressões tiveram lugar à porta de casa da vítima, numa rua estreita e com pouca iluminação. Jaime conseguiu arrastar-se uns metros, mas caiu inanimado, devido à gravidade dos ferimentos. "Não imaginamos quem possa ter feito uma coisa destas", dizem os moradores. "Um mistério" para a PJ resolver.
O comportamento de Jaime do Ó tornou-se de tal forma chocante para a população de Proença-a--Velha que o caso chegou a ser debatido numa reunião da assembleia de freguesia. Segundo José Dias, antigo membro da autarquia, só a um proprietário foram furtadas 31 galinhas para a consumação das violações. O lesado denunciou o caso na reunião e foi elaborado um documento para que a situação chegasse ao conhecimento do Ministério Público. Jaime terá sido apanhado em flagrante dentro de um galinheiro, mas "nada lhe aconteceu". A partir daí, ter-se-á sentido impune. E tornou-se mais destemido e agressivo. Há uma semana, por exemplo, tinha "enfiado um pau no ânus de um burro". Deve ter ficado chateado por verificar que não era uma burra e vingou-se", recordou ao CM José Dias.
Depois de regressar da prisão, onde cumpriu pena por violação de uma mulher idosa, Jaime do Ó viu--se sem trabalho e sem rendimentos e pediu ajuda ao pároco de Proença-a-Velha. O sacerdote lançou um apelo na missa dominical, mas a revolta da população em relação ao crime que cometera falou mais alto do que o espírito solidário. Com a ajuda de José Dias, o sexagenário conseguiu obter a reforma, só que nunca aproveitou aquele dinheiro para melhorar as suas condições de vida. Habitava sozinho numa casa quase a cair, sem parte do telhado e com muito lixo acumulado, recordam os vizinhos de Jaime do Ó.
Fonte: «Correio da Manhã», 21 Setembro 2010
Conhecido por roubar galinhas para actos sexuais, Jaime Pires do Ó, 68 anos, foi assassinado à porta de casa com golpes no peito e junto ao ânus.
A má fama entre os vizinhos perseguia Jaime Pires do Ó, 68 anos, em Proença--a-Velha, Idanha-a--Nova. "Ele gostava de violar animais", garantem ao CM moradores e fontes policiais. Na noite de anteontem, alguém se terá vingado por furtos de animais que o ‘Jaime ovelha’ fazia para satisfazer os ímpetos sexuais – e matou-o à porta de casa. Com objecto metálico redondo, desferiram-lhe dois golpes fatais. Um no peito, outro junto ao ânus. Morreu a caminho do hospital.
"Ele sofria desde pequeno daquele problema e, pelo que sei, ninguém o tentou ajudar", diz José Dias. Os actos sexuais com animais, segundo este morador, remontam à infância de Jaime do Ó. E daí a alcunha de ‘Jaime ovelha’, recordam. Depois de uma passagem por Lisboa, onde trabalhou como coveiro da câmara municipal, regressou à sua terra natal. Passou por um período de relativa acalmia, mas perdeu a cabeça e "violou uma mulher de quase 90 anos", nas proximidades de Proença-a-Velha.
Foi condenado a uma pena de prisão, mas após sair da cadeia voltou a descontrolar-se. "Bebia e fumava muito. E vivia do que conseguia apanhar", diz fonte da GNR. O que pretendia apanhar era essencialmente galinhas, "que violava e abandonava em qualquer lado. Nem se dava ao trabalho de as enterrar", segundo José Dias. As pessoas da aldeia não o viam com bons olhos, até pela forma miserável como vivia – sozinho, sem electricidade nem o mínimo de condições de higiene – e chegaram a denunciá-lo às autoridades por furto.
Domingo, pela calada da noite, foi assassinado de forma bárbara. As agressões tiveram lugar à porta de casa da vítima, numa rua estreita e com pouca iluminação. Jaime conseguiu arrastar-se uns metros, mas caiu inanimado, devido à gravidade dos ferimentos. "Não imaginamos quem possa ter feito uma coisa destas", dizem os moradores. "Um mistério" para a PJ resolver.
O comportamento de Jaime do Ó tornou-se de tal forma chocante para a população de Proença-a--Velha que o caso chegou a ser debatido numa reunião da assembleia de freguesia. Segundo José Dias, antigo membro da autarquia, só a um proprietário foram furtadas 31 galinhas para a consumação das violações. O lesado denunciou o caso na reunião e foi elaborado um documento para que a situação chegasse ao conhecimento do Ministério Público. Jaime terá sido apanhado em flagrante dentro de um galinheiro, mas "nada lhe aconteceu". A partir daí, ter-se-á sentido impune. E tornou-se mais destemido e agressivo. Há uma semana, por exemplo, tinha "enfiado um pau no ânus de um burro". Deve ter ficado chateado por verificar que não era uma burra e vingou-se", recordou ao CM José Dias.
Depois de regressar da prisão, onde cumpriu pena por violação de uma mulher idosa, Jaime do Ó viu--se sem trabalho e sem rendimentos e pediu ajuda ao pároco de Proença-a-Velha. O sacerdote lançou um apelo na missa dominical, mas a revolta da população em relação ao crime que cometera falou mais alto do que o espírito solidário. Com a ajuda de José Dias, o sexagenário conseguiu obter a reforma, só que nunca aproveitou aquele dinheiro para melhorar as suas condições de vida. Habitava sozinho numa casa quase a cair, sem parte do telhado e com muito lixo acumulado, recordam os vizinhos de Jaime do Ó.
Fonte: «Correio da Manhã», 21 Setembro 2010
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