08 março, 2010

Muita política e pouco cinema

Há muito que a entrega dos óscares deixou de ser um espectáculo que prendia o mundo e que reflectia verdadeiramente a qualidade dos filmes a concurso. De há uns anos a esta parte as decisões do soturno júri que compõe a academia têm sido políticas e baseadas em interesses puramente comerciais. «Hurt Locker», vencedor de seis estatuetas, é mais um filme que não vai ficar para a história, apenas e só vai figurar na longa lista dos premiados. Aliás, desde 2005, com «Crash», que a academia não reconhece como melhor película um filme realmente merecedor do galardão. Kathryn Bigelow essa sim será recordada como a primeira mulher a ganhar o galardão para a melhor realizadora, derrotando o seu ex-marido, James Cameron, o responsável por «Avatar». Com este triunfo procura deixar-se uma palavra de reconhecimento para as tropas USA destacadas no Iraque, o pior é que são os próprios elementos do contigente não se revêem no filme, justificando com os inúmeros «erros tácticos» detectados no trabalho que os elementos americanos têm em desactivar engenhos explosivos.

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