Sou dos que acha que a imprensa portuguesa prima pela falta de transparência e exagera nos biombos. Por cá, apoia-se um político, mas de forma velada, quando seria muito mais sensato, a começar pelo cultivar da relação de confiança com os próprios leitores, revelar inclinações e preferências de cor partidária, como acontece em Espanha e Inglaterra, por exemplo. Foi precisamente em terras de Sua Majestade que o «Sun», o jornal mais vendido além-Mancha com 3 milhões de exemplares diários(!!!), tomou partido público, pela primeira vez, em 12 anos pelo candidato conservador, David Cameron, em detrimento do primeiro-ministro Gordon Brown. «Após 12 anos no poder, o governo perdeu-se. Agora, também perdeu o The Sun», escreveu o jornal do magnata Rupert Murdoch na edição de ontem. Clarinho como água. Não creio que será por esse apoio que o «Sun» vai ver descer as suas vendas ou Cameron vá ser eleito primeiro-ministro. Em Portugal, ainda reina o preconceito e um enorme temor de declarar apoios, quer seja na política, quer seja no futebol.
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1 comentário:
O mercado português não tem assim grande dimensão para se pôr a tomar partido afectando o pluralismo. Além do mais lembro-te o que tens dito acerca d'A Capital do Luís Osório, que até apoiou o adevrsário de George Bush filho. NM
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