03 novembro, 2008

O general auto-convidado

Podem dois militares na reforma agitar as massas? Não devem, mas podem. E foi o que fizeram Loureiro dos Santos e Vasco Lourenço que ao chamarem a atenção para o desespero que se está a apoderar de alguns militares, alertaram para a possibilidade de algumas atitudes que «podem pôr em causa a democracia portuguesa». Aventou-se mesmo a hipótese de quem tem armas nas mãos, pode cometer mais asneiras. O general, ex-CEME, foi o porta-voz da «rebelião». Bem falante, informado e com boa imprensa, Loureiro dos Santos mexeu os cordelinhos para aparecer nos «media», palco para onde costuma ser, frequentemente, convidado. Desta vez fez-se de convidado em nome da defesa da entidade castrense. Contudo, preferimos vê-lo a dissertar sobre a Guerra do Golfo ao lado do Nuno Rogeiro.

1 comentário:

Anónimo disse...

vasco lourenço foi um dos estrategas do 25 de Abril o general foi ministro da Defesa pouco tempo depois, num governo provisório. Parece-me que há governantes com piores pergaminhos democráticos e de que há mais a recear. os políticos que olhem bem para o que fazem e para a forma como olham para certas instituições. De tudo o que se tem escrito só se safam o Pulido Valente e o Medeiros Ferreira.