«Hoje ainda não morreu ninguém nas estradas portuguesas», disse, num misto de alívio e gozo, o locutor da TSF que leu o boletim das 19 horas. A sinistralidade rodoviária está preocupantemente sujeita à ditadura das estatísticas. Se morreram menos pessoas, se há menos feridos e menos acidentes em comparação com o mesmo período em 2006, está tudo bem, as medidas do governo estão a resultar, os condutores estão mais conscientes. Subitamente, um desastre vitima de uma assentada quatro pessoas e volta tudo a ser posto em causa. Entendam-se e deixem de jogar com os números, atirando areia para os olhos das pessoas.
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