O Benfica e os seus dirigentes não aprendem a lição e dão, uma vez mais, mostras de um populismo barato. Em 2002, o então presidente, Manuel Vilarinho apoiou o PSD por “ter resolvido um problema do Benfica”. Há minutos, na RTP, Luis Filipe Vieira manifestou o apoio expresso ao candidato do PS, Antonio Costa.Questionado pela entrevistada, Judite de Sousa, Vieira disse estar a pronunciar-se “enquanto cidadão”, mas defendeu que Costa devia ter maioria porque é o candidato que “melhor garantias oferece”. Tem Vieira a noção do alcance das suas declarações? Havia formas mais subtis de expressar apoio. Vieira representa milhões de benfiquistas, muitos deles votam em Lisboa, que são eleitores bastante influenciáveis pelas palavras do seu líder.
Deste modo, os dados estão viciados. Um dia, se Costa, como tudo leva a crer, for eleito presidente de Câmara, e desbloquear uma situação em favor do Benfica, todos se vão lembrar que está a pagar o favor que Vieira agora lhe fez. Assim não! Por muita transparência que os dirigentes apregoem, ninguém vai conseguir separar política e futebol. As relações destes dois universos, crescentemente nebulosos, estão cada vez mais promíscuas e perigosas.
Sem comentários:
Enviar um comentário