11 julho, 2007

O sacríficio de um “desalinhado”

Apesar dos bons resultados no combate ao tráfico de droga, o destino de José Bráz, director nacional adjunto e responsável há anos pela direcção Central de Investigação do Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária estava, há muito, traçado. O facto de ser um “desalinhado” em relação ao status quo político e as criticas à nova lei orgânica da PJ que transfere competências da sua directoria, foram-lhe fatais. “Há quem arregace as mangas, enfrente o crime com energia. E há as carreiras de gabinete”, disse esta semana Bráz, ao Correio da Manhã. Para bom entendedor...
O caso do desfalque de centenas de milhares de euros das apreensões de droga, em que se pode acusar Bráz, em último caso, por omissão, parece ter sido cirurgicamente colocado na agenda mediática para acelerar a sua mais do que anunciada demissão. 1-0 para o ministro da Justiça, Alberto Costa. Enquanto isso, com a crise instalada na PJ, a polícia perde semanas de trabalho e os prevaricadores ganham tempo de manobra.

1 comentário:

Ana Clara disse...

É bom lembrar que mesmo os justiceiros também têm rabos de palha... E por aqui me fico antes que me seja instaurado um processo-crime e tenha de ir ao DCIAP na qualidade de arguida!