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Vai um granel dos diabos na twittosfera por causa do artigo escrito hoje pelo director do «DN», João Marcelino. A história conta-se rapidamente: o almoço de Marcelino e um colega de profissão (António Tadeia, director de «O Jogo», segundo o próprio Marcelino revela) foi parar ao Twitter, a rede social da moda para jornalistas, comentadores e deputados. Furioso com a violação de privacidade, Marcelino diz ainda que o repasto foi jaquinzinhos e que nas sua calças ostentava uma nódoa de café que, contudo, o delator não observou. Transcrevemos, em seguida, um excerto da prosa, com destinatários bem identificados, nomeadamente Fernanda Câncio, redactora do seu jornal, e os seus homólogos do «Expresso» e do «Público», Henrique Monteiro e José Manuel Fernandes. Basta ler as twittadas mais recentes, para confirmar que todos acusaram o toque. O vocábulo «chafurdar» indignou muita gente. Que lindo ver a «aldeia» jornalística a lavar roupa suja.
«(...)Confesso: também frequento o twitter, de vez em quando, à procura de ideias interessantes, e de notícias, mas o que ali vejo predominar por enquanto é o egocentrismo, a vaidade mal disfarçada, e, imagino, muito problema de solidão. Já que me deram o pretexto, aproveito: faz-me confusão ver pessoas com responsabilidades - no jornalismo, na política, em muitas áreas da vida social portuguesa - a discutirem em público temas tão interessantes como o exame da próstata, a informarem-nos sobre o que comem, a dizerem aos seus fanáticos e devotos "seguidores", que cultivam com evidente gozo e em orgulhosa competição, onde estão e o que fazem. Sinceramente, respeito mas não gosto. Em definitivo, só estranho que estas novas estrelas do big brother twitter, algumas das quais se rebelaram na altura contra o tabloidismo de determinados formatos televisivos, chafurdem agora no mesmo mundo, oco e exibicionista, ainda por cima de borla. O José Castelo Branco, ao menos, fazia-se pagar pelas rábulas. E às vezes tinha graça, o que não é de somenos(...)»
O «semanário independente», como pomposamente se intitula o «Jornal de Odivelas», dedica a sua última manchete às previsões astrológicas de Francisco Guerreiro, «tarólogo e guia espiritual», como é identificado, para 2009. Segundo as «cartas e os astros» de Guerreiro ditam, o PS de Odivelas vencerá as autárquicas sem maioria, enquanto Hernâni Carvalho, o antiga segurança da TV do Estado e mediático candidato do PSD à mesma câmara, terá se de contentar com a medalha de bronze. Mas os dotes adivinhatórios não se ficam por aqui. Na política doméstica, o tarólogo diz que Sócrates ganha com maioria nas legislativas, o mesmo é dizer que Manuela Ferreira Leite sairá derrotada, sucedendo-lhe o professor Marcelo. No caso Casa Pia, Carlos Cruz será ilibado pelo tribunal, no desporto o FC Porto renovará o título de campeão nacional e em assuntos internacionais, Obama retirará as tropas americana do Iraque e conseguirá o milagre de relançar o processo de paz israelo-palestiniano. Curiosamente, o «guia espiritual» não refere desenvolvimentos sobre o Caso Freeport. Provavelmente, porque já antecipa o arquivamento do processo ou a sua eternização.
O resultado da sondagem aqui promovida sobre a polémica em torno da braçadeira de capitão da selecção nacional não podia ser mais claro: Cristiano Ronaldo não merece liderar a selecção das quinas dentro de campo. A maioria dos que se pronunciaram não esconderam a sua simpatia por Simão Sabrosa. Parece que o «efeito Ronaldo» vai perdendo gás, isto no dia em que a imprensa espanhola ventila que o futuro do jogador, a partir do Verão, será em Madrid, onde envergará, em definitivo, a camisola do Real, depois da «falsa partida» do último defeso. Os valores em jogo são verdadeiramente obscenos: 82 milhões de euros pela transferência. O sonho milionária da babada D. Dolores vai mesmo ser concretizado.
Gerry McCann e alguns elementos da sua pandilha regressaram ao aldeamento da Praia da Luz para a reconstituição da noite do alegado desaparecimento de Madeleine. O objectivo é fazer um documentário para posterior emissão num canal britânico. Presume-se que os dinheiros do tal fundo milionário se estejam a esgotar. Entretanto, o turismo na zona continua de rastos. A «má publicidade» à Praia da Luz nos últimos 2 anos, serviu para atrair curiosos, mas afugentou turistas.
Diz a imprensa deste sábado, nomeadamente o «Sol» e o «Correio da Manhã», que o juiz Lopes da Mota disse pessoalmente aos dois procuradores do Freeport que tinha recebido da boca do ministro da Justiça, Alberto Costa, a mensagem do Primeiro-Ministro que se este perdesse a maioria por causa deste processo iria exercer represálias sobre ambos. Por outras palavras, ordem para arquivar e a certeza de que as pressões realmente existiram.
Entretanto, soube-se esta sexta-feira que José Socrates processou o jornalista João Miguel Tavares pelo artigo publicado no "Diário de Notícias" de 3 de Março, sob o título «José Sócrates, o Cristo da Política Portuguesa». «Ver José Sócrates a apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte da Cicciolina», assim começou a prosa do irreverente articulista. O advogado do Primeiro-Ministro, Proença de Carvalho, é que não tem mãos a medir, tal é o volume de processos movidos pelo seu cliente.
O julgamento de Isaltino ainda acaba em novela televisiva, tal é o inusitado alcance das informações que brotam diariamente da sala do tribunal para a comunicação social. Soube-se, hoje, que um construtor, José Guilherme de seu nome, pagou 680 euros por um jantar de aniversário do autarca de Oeiras. Não se confirma que tenha sido pela indefectível amizade entre ambos. Recorde-se que o agora regressado Jorge Coelho, o actual homem forte da Mota-Engil, viu a sua casa ser devassada, há um par de anos, pela PJ em busca de um valiosíssimo tabuleiro de xadrez que alegadamente teria sido dado como suborno pela construtora A. Santo ao então ministro socialista para facilitar umas adjudicações. O caso de Coelho caiu. Por falta de provas, como agora se diz. E o de Isaltino, mesmo chegando a tribunal, deve ter o mesmo epílogo. O presidente da Câmara de Oeiras é especialista em confessar crimes prescritos e nem a ex-secretária, despeitada e com sede de vingança, parece capaz de travar esta autêntica força da natureza do poder local.
«Cândida Almeida é mesmo multifacetada. Ás segundas, terças, quintas e sextas investiga o caso Freeport, e às quartas comenta-o. Não percebendo o ridículo em que cai ao comentar o próprio caso que está a investigar, continua a sua ladainha argumentativa na Rádio Renascença», Nuno Gouveira, 31 da Armada, 2 de Abril 2009
O «24 horas» vai acabar...mas na versão jornal. Avança, ainda este mês, a edição em formato revista. Mas a grande novidade no processo de elitização em curso do jornal da Controlinvest reside no facto de se abandonar a publicação de anúncios relax. Justifica o director que o objectivo de chegar a um público oriundo da classe A/B e C1 não se identifica com os anúncios do tipo «me liga, vai!». Quem fica a lucrar com esta transformação social do «24 horas» é o «Correio da Manhã». As «meninas» vão passar-se todas para o jornal da Cofina. Sinal de que a concorrência não podia estar mais ao rubro, o colunista Carlos Castro também já abandonou a colaboração com o «24» para o rival «CM».